sábado, 12 de abril de 2008

A embalagem não precisa ser a vilã do lixo


Ísis Nóbile Diniz, de Barcelona
Revista Época, 31 de março de 2008






A Espanha vem tornado-se um exemplo de eficiência na destinação de resíduos sólidos graças a um modelo de coleta seletiva, que inclusive premia quem recicla e a uma responsabilização dos fabricantes pelo destino final de seus produtos.
Em Barcelona quase 40% do lixo residencial é reciclado, o que chega a ser o dobro de Lisboa e quase dez vezes mais do que é reciclado em São Paulo.
As empresas, por sua vez, para cumprirem as obrigações definidas em lei, criaram organizações, que cobram taxas de acordo com o material utilizado nas embalagens pelas empresas. As taxas são usadas para financiar o recolhimento e a reciclagem do lixo.
Os benefícios da reciclagem vão desde um menor consumo d'água usado na fabricação dos produtos, passando por uma redução do gasto de energia, até a economia de matéria-prima utilizada nas embalagens.


O autor dá a entender que uma das grandes diferenças entre nós, brasileiros, e o povo espanhol, no que tange ao assunto "reciclagem de embalagens" deve-se ao fato deles possuírem uma consciência maior sobre o tema e devido a isso serem mais organizados no processo de coleta seletiva do lixo. A reciclagem por parte deles é mais profissional, enquanto aqui, o que se vê são iniciativas isoladas de catadores, que trabalham em condições de subemprego.
Observar os bons exemplos, adaptá-los à realidade brasileira e até mesmo melhorá-los é dever de todos. A natureza seria a grande beneficiada, porém, não seria a única. Com um trabalho sério voltado à área da reciclagem de embalagens, milhares de empregos seriam criados e as pessoas que hoje exercem a atividade seriam tratadas com mais dignidade.

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