segunda-feira, 12 de maio de 2008

Mudanças climáticas agravam questões de saúde pública


Por Daniela Lot
Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, em 23/04/2008


As mudanças climáticas têm gerado efeitos sobre a saúde da população, este foi o alerta dado pela Organização Mundial da Saúde(OMS) e pela Organização Pan-Americana de Saúde(OPAS). As informações divulgadas pela OMS indicam que o aquecimento global causado pelo homem tem acarretado conseqüências negativas para a saúde pública, uma vez que tais fenômenos já teriam afetado a água e a comida, interferindo assim em novos padrões de doenças infecciosas.
Porém, para os cientistas brasileiros as questões relativas á saúde pública não podem ser vistas em função das variações climáticas. Segundo Confalonieri, da Fiocruz, as epidemias ocorrem pela falta de planejamento urbano e de políticas públicas: nosso sistema de coleta de lixo é ineficiente e não há um adequado sistema sanitário. Neste aspecto, Mara Oliveira, da OPAS, concorda com Confalonieri, porém, acrescenta que os gestores precisam levar em conta as mudanças climáticas no momento do planejamento de suas ações.


O autor foi um mediador de opiniões, mostrou tanto os argumentos de um consultor da OMS, que acredita nas conseqüências maléficas do clima sobre a saúde humana, quanto de um médico da Fiocruz que não vê nas doenças qualquer relação com o clima.
Ao final traz depoimentos de um geógrafo de USP e de uma técnica da OPAS que concordam que as mazelas sociais ficariam mais agravadas com o efeito das mudanças climáticas.
A grande virtude do autor foi juntar dois temas de grande importância sob um mesmo enfoque. Concordando ou não, o assunto traz à tona as questões ambiental e social, que por sua vez merecem atenção especial e prioritária de nossos administradores.

sábado, 3 de maio de 2008

Ele é o falso vilão





Júlia Duailibi
Revista Veja, 30 de Abril de 2008


Até pouco tempo atrás, o etanol brasileiro, feito a base de cana-de-açúcar, era visto como uma alternativa ao aquecimento global gerado pelos combustíveis de origem fóssil.
Porém, de alguns meses para cá, o álcool brasileiro vem sofrendo críticas de organizações, como a ONU e o Banco Mundial, que acusam o Brasil de usar suas terras férteis para produzi-lo em detrimento de culturas tradicionais de grãos, tais como arroz e trigo.
O governo brasileiro agiu rápido, segundo o presidente Lula, o encarecimento dos alimentos deve-se aos subsídios agrícolas de americanos e europeus e o problema do álcool combustível se restringe ao etanol de milho produzido nos Estados Unidos.
Com o aumento da renda em todo o mundo, milhões de pessoas passaram a se alimentar mais e melhor e a produção de alimentos não seguiu no mesmo ritmo, alterando o equilíbrio entre consumo e oferta de alimentos.


O autor foi partidário do governo brasileiro, condena a prática de subsídios agrícolas praticados por americanos e europeus e mostra através de fatos que nosso modelo de produção de álcool utiliza pouca parte de nossas terras aráveis com a plantação de cana-de-açúcar, abastecendo grande parte de nossa frota e com uma produtividade superior a dos americanos, que utilizam o milho para a produção de álcool. Os dados também mostram que em nosso país a produção de grãos será recorde.
O Brasil apresenta terras férteis, clima e relevo favoráveis e aliado a estas condições naturais, apresentamos um manejo e uma eficiência no trato agrícola jamais visto, o que nos torna altamente competitivos em relação ao restante do mundo. Não podemos deixar de usufruir dessa vantagem.

sábado, 12 de abril de 2008

A embalagem não precisa ser a vilã do lixo


Ísis Nóbile Diniz, de Barcelona
Revista Época, 31 de março de 2008






A Espanha vem tornado-se um exemplo de eficiência na destinação de resíduos sólidos graças a um modelo de coleta seletiva, que inclusive premia quem recicla e a uma responsabilização dos fabricantes pelo destino final de seus produtos.
Em Barcelona quase 40% do lixo residencial é reciclado, o que chega a ser o dobro de Lisboa e quase dez vezes mais do que é reciclado em São Paulo.
As empresas, por sua vez, para cumprirem as obrigações definidas em lei, criaram organizações, que cobram taxas de acordo com o material utilizado nas embalagens pelas empresas. As taxas são usadas para financiar o recolhimento e a reciclagem do lixo.
Os benefícios da reciclagem vão desde um menor consumo d'água usado na fabricação dos produtos, passando por uma redução do gasto de energia, até a economia de matéria-prima utilizada nas embalagens.


O autor dá a entender que uma das grandes diferenças entre nós, brasileiros, e o povo espanhol, no que tange ao assunto "reciclagem de embalagens" deve-se ao fato deles possuírem uma consciência maior sobre o tema e devido a isso serem mais organizados no processo de coleta seletiva do lixo. A reciclagem por parte deles é mais profissional, enquanto aqui, o que se vê são iniciativas isoladas de catadores, que trabalham em condições de subemprego.
Observar os bons exemplos, adaptá-los à realidade brasileira e até mesmo melhorá-los é dever de todos. A natureza seria a grande beneficiada, porém, não seria a única. Com um trabalho sério voltado à área da reciclagem de embalagens, milhares de empregos seriam criados e as pessoas que hoje exercem a atividade seriam tratadas com mais dignidade.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A Capital da Motosserra



Leonardo Coutinho, de São Félix do Xingu
Revista Veja, 26 de março de 2008


A matéria cita que a cidade de São Félix do Xingu, cidade paraense localizada a 1000 quilômetros de Belém, é a recordista na derrubada de árvores no país.
Os primeiros a chegar foram os madeireiros, que se instalaram na cidade devido as ricas matas de mogno. Depois vieram os pecuaristas atraídos pelo baixo preço da terra e pela boa distribuição de chuvas, o que mantém o pasto sempre verde para o gado.
Apesar de muitos desrespeitos à lei, ao meio-ambiente, corrupção de funcionários de órgãos ambientais e a ausência do Ibama, principal órgão federal responsável pela fiscalização, ainda encontra-se na região agricultores e pecuaristas que respeitam as normas ambientais.
A matéria é concluída com depoimento de um fazendeiro que culpa o governo por não fazer cumprir a lei e conseqüentemente não evitar a destruição da Amazônia.

O autor foi elucidativo e mostrou com fatos, por exemplo, a ausência do Ibama na cidade e através de depoimentos que uma das principais causas da explosão do desmatamento em São Félix do Xingu é a ausência do Poder Público.
A matéria converge com outras sobre o assunto e mostra que a luta pela preservação da Amazônia só terá resultado satisfatório quando os órgãos de fiscalização do Estado estiverem presentes na região e for composta por um quadro de funcionários comprometidos com a causa ambiental.
Não resta dúvida que a Floresta Amazônica é um bem universal e cabe aos nossos "administradores" eleitos e a toda sociedade a busca por sua manutenção, preservação e desenvolvimento, porém, com sustentabilidade.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Desmatamento ameaça planos de Maggi para 2010


Por César Felício/De Cuiabá
Jornal Valor Econômico, 04 de março de 2008


Apesar dos dados do Inpe(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) serem considerados impróprios, inclusive pelos ambientalistas, e necessitarem de uma revisão por outro sistema, chamado de PRODES, do Ministério do Meio Ambiente, o mesmo identificou, este ano, um aumento significativo no desmatamento no Estado do Mato Grosso.
O atual governador, Blairo Maggi, que quando eleito em 2002 pregava o desmatamento a qualquer custo, tendo inclusive seu secretário do Meio Ambiente preso pela "Operação Curupira" da Polícia Federal de combate ao desmatamento e intitulado por revistas internacionais como a "personificação da depravação ecológica", reviu sua posição, pressionado pelo mercado internacional de soja e de olho em sua imagem política e agora prega um discurso preservacionista, aproxima-se de ONGs ligadas ao Meio Ambiente e distribui responsabilidades:
diz que precisa da presença do Exército em municípios distantes, põe a culpa na pecuária e cita que o número de frigoríficos aumentos nos últimos anos.

A matéria converge com outras sobre mesmo tema, onde afirma que o plantio de soja e a pecuária são a principal causa do desmatamento ocorrido no Estado do Mato Grossso. O autor foi um pouco partidário com o governador, tendo em vista que destaca uma suposta "redenção" do mesmo, dando ênfase maior ao desmatamento causado pela pecuária e, com isso, poupando os plantadores de soja, aréa na qual a família de Maggi se destaca.Porém, supondo que a pecuária seja a grande vilã pelo desmatamento, não caberia ao Estado rever a concessão/permissão de instalação e funcionamento de frigoríficos no Estado?A questão ambiental é tema central e preocupante nos notíciários de hoje e um Governador de Estado jamais poderia se furtar sobre o assunto, independentemente de pretenções políticas ou de pressões de setores da economia.


domingo, 9 de março de 2008

Desenvolvimento com preservação ambiental







O progresso trouxe o tão sonhado desenvolvimento, tanto no campo, quanto na cidade. Porém, com a riqueza produzida também vieram alguns problemas, que estão interferindo na relação homem/natureza: desmatamento excessivo, poluição das águas, utilização em larga escala de combustíveis não renovavéis, tudo isso, tem gerado um aquecimento jamais visto sobre nosso planeta.

Logo, este espaço destina-se à reflexão sobre temas relacionados ao meio ambiente e como nós cidadãos buscaremos alternativas para conciliar crescimento sem a conseqüente degradação da natureza. O objetivo é analizar o que está sendo feito de concreto pelos governos, empresas, ONGs, sociedade civil para que possamos continuar crescendo, porém agredindo o mínimo possível a natureza. É também um convite para que todo cidadão passe a refletir sobre o tema e que mesmo com pequenos gestos em seu dia-a-dia possa ajudar a preservar nosso planeta.